Um estudo recentemente publicado na revista científica Stem Cell Research & Therapy mostra que o tecido do cordão umbilical consegue fornecer grandes quantidades de células estaminais durante um período de tempo prolongado. Em teoria, isto significa que as pessoas que armazenaram o tecido do cordão umbilical têm à sua disposição mais células estaminais para diferentes tratamentos.
Durante a análise, os investigadores cultivaram o tipo de células estaminais encontradas no tecido do cordão umbilical, as células estromais mesenquimais (MSCs) – Neste processo, descobriu-se que as MSCs têm a capacidade de se clonar apenas durante um período de alguns meses. Tal significa que o número de MSCs disponíveis para fins terapêuticos numa única amostra de tecido do cordão umbilical pode aumentar drasticamente em laboratório, alargando assim as hipóteses de sucesso em caso de tratamento.
As MSCs estão presentes em mais de 800 ensaios clínicos que estudam 300 doenças e estados, graças à sua capacidade para reparar e regenerar os tecidos danificados em todo o corpo. Conseguem reparar células nos ossos, cartilagens, músculos, nervos, entre outras, sendo igualmente objeto de investigação para o tratamento da paralisia cerebral, artrite e diabetes tipo 1.
O tecido do cordão umbilical é uma fonte desejada de MSCs, ao contrário da medula óssea, uma vez que se baseia num procedimento de colheita ético e não invasivo que apresenta simultaneamente o mesmo potencial terapêutico. É possível colher uma amostra do tecido do cordão umbilical em qualquer momento durante um procedimento de atraso da pinçagem do cordão umbilical após o parto. O ADN das células estaminais apresenta 100% de compatibilidade com o seu bebé, e oferece uma compatibilidade de 25% com os irmãos.
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